Neste sábado (29), um grupo de cerca de 200 pessoas
protestou em frente à sede da Rede Globo, em São Paulo, contra uma matéria que
irá ao ar neste domingo (30), no “Fantástico”.
divulgadores protestaram em frente a TV Subaé/Globo |
Eles acusam a emissora de perseguição e
de não saberem exatamente do que se trata a empresa. Na última sexta-feira
(28), a Justiça bloqueou os pagamentos de sócios da TelexFree em suas contas
diretas, por suspeitas dela fazer a famosa “pirâmide financeira”.
Os manifestantes gritaram palavras de
ordem como: “Não somos golpistas, Globo só diz mentiras”.
Protestos com o mesmo objetivo também
aconteceram em outras cidades, como Feira de Santana e Salvador, na Bahia, e
Natal (RN), na frente da porta de afiliadas da Globo.
A TelexFree, em seu site oficial, disse que os manifestos foram feitos espontaneamente por divulgadores e que a empresa em si não tem nada a ver com isso. (Informações do UOL).
Os protestos em Salvador
Em Salvador, a manifestação dos
divulgadores da Telexfree, na última sexta-feira (28), ocorreu em frente ao
Shopping Iguatemi, e contou com um trio elétrico que servia de palco para
discursos em prol da empresa.
O divulgador Telmo Alexandre, 38 anos,
acredita que nem todos os adeptos do marketing multinível entenderam seu
funcionamento. “As famílias precisam de estabilidade financeira. A proposta não
é enriquecer rápido ou não trabalhar. Qualquer renda extra não vai ajudar no
orçamento? Seja R$ 300, R$ 500, é bem-vindo. Quem oferece enriquecimento rápido
trabalha fora dos padrões da empresa”, afirmou Telmo, em entrevista ao site
Bahia Notícias.
Um jornalista de Mato Grosso, no
entanto, disse que perdeu R$ 600 e deixou de ter acesso ao back office [página de
administração da conta]. O líder do grupo Águias Brasil, Abraão
Macedo, 31 anos, diz com convicção que “todos estão satisfeitos” e desdenha dos
que desconfiam do sistema.
“Se você perguntar aqui quem tem
queixa, não vai achar ninguém [o encontro na praça visava reunir divulgadores
com a intenção de protestar contra a interdição de cadastros e pagamentos da Telexfree feito pela justiçaacreana]. Aqui tem ex-drogados, gente que fazia atividades ilícitas,
mas que hoje trabalha honestamente com a Telexfree. Acho que a principal birra
das pessoas é que a empresa está em um modelo de negócios não tradicional, que
é o marketing multinível”, avaliou.
Já o divulgador Davvi Bass, de 26 anos,
tem confiança de que nada de errado irá acontecer com o andamento da empresa,
apesar das denúncias. “Eu tenho certeza nas palavras dos nossos líderes, a
empresa passa seguridade. Eu vou fazer sete meses. Antes da Telexfree eu vivia
com um salário pouco maior que o mínimo [trabalhava como auxiliar de
almoxarifado] e hoje vivo com 10 a 15 vezes mais do que eu ganhava”,
relata.